EM DETALHE
Ricas ou pobres, jovens ou idosas: mulheres fazem mais trabalho doméstico do que homens no Brasil
Considerando a realidade do país, quem mais lava, cuida de animais ou cozinha dentro de casa: homens ou mulheres? Quem mais faz compras, reparos ou limpa a casa? Neste gráfico, o Nexo utilizou dados de 2017 da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE, que permitem fazer um cruzamento entre idade, renda e a realização de trabalhos domésticos ou profissionais, de acordo com o gênero.
Os dados mostram que, no geral, homens dos 18 aos 66 anos fazem ligeiramente mais horas de trabalho semanal do que as mulheres da mesma idade, levando em conta a soma de trabalho profissional e trabalho doméstico. Quando se avalia a quantidade de horas de trabalho doméstico como porcentagem do total de horas trabalhadas, no entanto, a proporção para as mulheres de todas as idades supera a dos homens. Mais que isso: em quase todas as idades, as horas de trabalho doméstico representam mais da metade do total de horas de trabalho das mulheres.
Essa discrepância é reforçada a partir deste gráfico, que mostra de maneira binária uma única informação: entre homens e mulheres, quem faz mais horas de trabalho doméstico, de acordo com rendimento e idade? A conclusão é evidente: as mulheres, em todas as faixas etárias e de renda.
O gráfico é então complementado por outro, fornecendo mais nuance para a mesma informação, utilizando uma escala que quantifica o número de horas de trabalho doméstico que as mulheres realizam a mais que os homens da mesma faixa etária e de renda por semana. É possível ver, então, que a diferença é menor entre as mulheres mais jovens e mais ricas, enquanto as que ganham até R$ 1.000 chegam a dedicar a trabalhos domésticos até dez horas a mais por semana do que os homens.
Além de perguntar se o entrevistado faz algum tipo de trabalho doméstico, a pesquisa discrimina os diferentes tipos de trabalhos, como lavar louças ou fazer compras. Olhando para as respostas de todos os homens e mulheres, temos o seguinte na média:
O gráfico constata que todas as atividades são realizadas por uma proporção maior de mulheres do que de homens, com exceção dos reparos domésticos, mais realizados por eles.
É importante ressaltar que as perguntas da pesquisa não se referem necessariamente a casais, uma vez que a situação conjugal dos entrevistados não faz parte do questionário. São, portanto, respostas individuais de homens e mulheres, independentemente de viverem ou não com cônjuges.
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OUTROS QUADRANTES —
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Clínicos, pediatras, cirurgiões: onde estão e quem atende pelo SUS
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Usando dados do CNES (Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil), organizado pelo Ministério da Saúde, esta série de gráficos mostra diversas informações sobre os médicos no Brasil: em que cidades estão, quais suas especialidades, quantos atendem pelo SUS, e mais. Em março de 2018, eram 391 mil médicos atuando no Brasil — a maioria deles atendendo pelo SUS. Clínicos, seguidos de pediatras, residentes e médicos da família, formam os maiores contingentes de profissionais, de acordo com sua ocupação.
O gráfico permite observar algumas disparidades geográficas. Cidades maiores e capitais concentram mais profissionais. Estados do Sul e do Sudeste e o Distrito Federal apresentam maiores taxas de médicos a cada 100 mil habitantes. O Maranhão é o estado em que essa proporção é a menor: inferior a um terço da do Distrito Federal.
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Irmão Lázaro, Marco Feliciano ou Jair Bolsonaro: quem é maior no Facebook?
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A partir de um levantamento que analisou as páginas de Facebook de 473 deputados federais, estes gráficos mostram quais são os parlamentares com maior engajamento na rede social. Entre as oito páginas com mais de 1 milhão de seguidores, quatro são ligadas a deputados que reivindicam o tema da segurança pública (Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Delegado Francischini e Major Olímpio) e duas são de membros da bancada evangélica (Irmão Lázaro e Marco Feliciano) — as outras duas são de Tiririca e Jean Wyllys.
É possível observar também como a atividade dos deputados em suas páginas no Facebook varia ao longo do tempo, com picos no número de posts coincidindo com o período das eleições de 2014 e com o dia do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Os dados foram obtidos via CrowdTangle, plataforma de coleta de dados mantida pelo próprio Facebook.
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DO ARQUIVO
Quem é citado no cânone da história da arte? Na maioria, homens brancos, europeus ou americanos
Este gráfico traz um perfil dos artistas citados nos 11 livros acadêmicos mais usados em cursos de história da arte no Brasil, segundo dados do projeto História da _rte, revelando a baixa diversidade na narrativa canônica do meio artístico. Entre os 2.384 artistas citados nessas obras, apenas 215 são mulheres. Já os artistas negros somam apenas 22, dentre os quais somente duas mulheres. Apenas nove brasileiros são citados. Deles, apenas uma mulher: Tarsila do Amaral.
Além disso, o gráfico mostra como as nacionalidades mais citadas variam de acordo com a data de nascimento do artista, acompanhando os períodos históricos e artísticos. Para os nascidos antes de Cristo, a nacionalidade grega é predominante. A partir de 1900, a maioria é de americanos.
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NO RADAR
Crescendo e expandindo. A dimensão do império da Amazon, visualmente
Este gráfico do jornal The Guardian mostra o rápido crescimento e expansão da Amazon, maior empresa de vendas on-line do mundo. Apenas cinco anos após sua fundação, em 1994, a empresa americana atingiu um faturamento de mais de US$ 1,5 bilhão. Já no ano passado, a marca chegou a US$ 177,9 bilhões.
O gráfico do Guardian proporciona um destaque visual para as informações. A escala dos círculos que crescem ao longo da leitura permite dimensionar o tamanho e a velocidade do crescimento da Amazon, bem como sua expansão para diferentes setores. Esse recurso é reforçado pelo contador no início da página, que exibe quantos itens a empresa do bilionário Jeff Bezos vendeu enquanto o leitor navega pela matéria.
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