Política
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Por Marcelo Ribeiro, Carla Araújo e Cristian Klein, Valor — Brasília e Rio


(Atualizada às 17h56) O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy aceitou o convite da equipe econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e será indicado para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo informações da assessoria de imprensa do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.

Por aceitar o convite para assumir o comando do BNDES, Levy deixará a diretoria financeira do Banco Mundial.

Levy foi ministro da Fazenda no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e secretário de Fazenda do Rio no governo de Sérgio Cabral. Levy ocupou ainda o cargo de secretário do Tesouro Nacional entre 2003 e 2006. Antes de tornar-se ministro, em 2014, Levy estava na iniciativa privada, como chefe da Bradesco Asset Management. Nascido em 1961, no Rio, ele é formado em Engenharia Naval e tem Doutorado em Economia pela Universidade de Chicago, a mesma por onde passou o futuro superministro da Economia, Paulo Guedes, e que é conhecida por seu viés bastante liberal na economia.

Levy comandou a pasta da Fazenda no primeiro ano da segunda gestão de Dilma Rousseff. Propôs uma série de medidas para um amplo ajuste fiscal e iniciou a redução dos subsídios concedidos nos créditos do BNDES, inchados por cerca de R$ 500 bilhões de empréstimos do Tesouro para financiar, sobretudo, o Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI). Ainda na transição, em 2014, Levy aumentou a TJLP, juros cobrados nos financiamentos do BNDES, e que estavam bem abaixo da taxa Selic, configurando uma conta de subsídios pesada.

"Caixa-preta"

Bolsonaro afirmou que endossou a indicação de Guedes apesar da passagem de Levy pelos governos Dilma e Cabral. "Ele teve um passado com a Dilma, sim, esteve no governo dez meses, esteve com o Cabral, mas nada tem contra a sua conduta profissional, assim sendo eu endosso o Paulo Guedes. Esse é o ponto pacificado", disse em frente ao seu condomínio, na Barra da Tijuca, no Rio.

Bolsonaro reafirmou o compromisso de campanha de abrir a "caixa-preta do BNDES". "Vai ser aberta. Na primeira semana não vai haver nenhum sigilo no BNDES". Depois, baixou o tom e disse que, em vez de blindagem, faltaria transparência às transações do banco.

"Até para mim eu desconheço muita coisa no BNDES. São números que nós temos que tornar públicos. Há reclamação por parte da população. Posso dizer até que não é uma caixa preta. Está faltando transparência. Isso todos os funcionários querem. Os empréstimos aos outros países, qual é a garantia, se foi o Tesouro, se não foi, a quantidade. Queremos colocar na mesa, para todos vocês da imprensa, todas as transações feitas pelo BNDES, porque afinal de contas o dinheiro é público", afirmou.

Questionado se Levy estará disposto a abrir a tal "caixa-preta", disse que sua interlocução é com Guedes: "Não sei o Joaquim Levy, o meu contato é com o Paulo Guedes. E o Paulo Guedes é com Levy e os demais". Sobre eventual resistência de Levy, Bolsonaro voltou a responsabilizar o seu futuro ministro da Economia. "Me reporto com o Paulo Guedes. O Paulo Guedes é que vai abrir. Se não abrir, alguma coisa vai acontecer".

Bolsonaro afirmou que ainda não tem definição de quem ficará na presidência da Petrobras.

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